terça-feira, 28 de outubro de 2014


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Maria Aldeni Santana marcou você no Facebook‏

Maria Aldeni Santana marcou você no Facebook

Para: Maria Anete Santana
 
   
 
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Maria Aldeni Santana
23 de outubro às 20:37
 
Uma Pobre Menina
Nascida em um simples lugarejo, distante do progresso e da civilização, a pobre menina, trabalhava dia e noite para conseguir o pão, minguado e desenxabido, a vida era nua e crua. Sua vida era muito sofrida, apesar das dificuldades, ela trabalhava, enfrentava o sol e a chuva, tinha muita fé em Deus e convivia muito bem com os familiares, vizinhos e pessoas próximas. Seu semblante resplandecia carinho, afetuosidade. Ela tudo fazia e de nada reclamava, tudo fazia com amor, dedicação e zelo. A mãe era professora, e esta base a influenciou de forma muito positiva de tal modo que, quando sobrava um tempinho, ela estudava, lia alguns textos, lia a bíblia e naquela época tinha que decorar a tabuada. Sempre devota a Deus, ia à missa na cidade sempre que tinha oportunidade.
Ela cuidava da casa, dos irmãos com tanta devoção! Trabalhava na lavoura e ainda cuidava do jardim, que sempre foi sua paixão. Sua dedicação nunca teve limites, simplesmente porque seu jeito de amar sempre foi sem medida! 
Aos domingos a organização da casa tinha que ser impecável. Acordava cedo e junto com as irmãs cuidavam da limpeza da casa com esmero. Nos domingos à tarde estudava catequese com a própria mãe e com as crianças vizinhas. Ah, esses encontros eram maravilhosos, pois proporcionavam oportunidades de convivência afetiva e de amizade.
Quando se tornou adulta, foi passear em São Paulo. Ao se deparar com aquele universo tão distante da sua realidade, levou um choque. Quanta diferença da sua cidade natal! Como era difícil sentir-se distante das suas raízes, dos seus pais, seus irmãos, dos seus laços de amor, tão sagrados! 
Seu irmão, grande inspiração humana, não a deixou voltar. Queria que ela tivesse maiores e melhores oportunidades. Assim, a moça que continuava pobre, aceitou, com o coração em frangalhos... como era difícil estar longe dos seus! Mas, junto com o amor e incentivo do irmão encarou os desafios da cidade grande. Começou a trabalhar em uma metalúrgica e a estudar. Quanta correria, meu Deus! E assim, prosseguia os estudos, conquistando o seu lugar na universidade. Sempre ligada à leitura, escolheu o curso de Letras. Apaixonada pelas obras literárias, pelo mundo da cultura, concluiu o seu curso com louvor! Aprovada no concurso público, tornou-se professora de Língua Portuguesa, Língua Inglesa e de Literatura na maior metrópole do Brasil. Mérito conquistado, isto é, abençoado! Sua paixão pela leitura é tão forte quanto a própria condição de existir, e, assim, inquieta, e, principalmente indignada com as desigualdades sociais escreve, provoca, instiga políticos e os grandes comandantes do nosso país. Não teme em esbravejar. Seu desejo é participar da construção de um mundo fraterno, justo, humano, portanto, sustentável! Consciente da sua luta sugere, clama por justiça, melhores condições de vida e igualdade de oportunidades, ou seja, a partir da sua prática, das suas palavras busca mais adeptos, capazes de se indignar, e, sobretudo de assumir como legítimos cidadãos do mundo. De um mundo melhor! 
É consciente de que essas mudanças só podem acontecer por meio da educação , devido a esses fatos, se revolta com a alienação da mídia, dos poderosos.
Explode de emoção e enaltece a glória de Deus na sua vida quando sabe que alunos seus conseguiram vencer. Como gosta de saber notícias de prosperidade e de superação de alunos da rede pública que assim como ela, conseguiram superar a condição de oprimidos e passaram a exercer um papel de construtores de um mundo com mais dignidade e esperança! 
Atualmente, ela está se aposentando, todavia feliz, tendo convicção do seu dever cumprido, agradecida a Deus pelo amparo, proteção e fortaleza nos momentos difíceis. Foram 28 anos prestados ao Estado de São Paulo e apesar dos pesares, ela fez a sua parte com muita dedicação, esforço e agora passa o cargo para esta geração e espera que esta nova geração dê exemplos de comprometimento e dedicação para as próximas e novas gerações.
Por isso tudo, a professora vai continuar com as boas lembranças dos colegas e dos alunos que comungaram, compartilharam da sua missão. A menina que era pobre já não se sente pobre, pois conquistou tesouros preciosos tais quais, conhecimento, trabalho, dignidade. Semeou dedicação e amor no trabalho, na vida familiar. É justo que sua colheita seja permeada de reconhecimento e amor. Um brinde a você, professora, amiga, filha e irmã amada! Você merece todo o reconhecimento do mundo.

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